Câncer bucal: como um dentista pode ajudar
O câncer bucal é uma das maiores causas de óbito no país, principalmente entre os homens.

Câncer bucal: como um dentista pode ajudar

A Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal é comemorada todo início de novembro. Essa data foi criada em 2015 com o objetivo de chamar a atenção da população para essa doença. Afinal, ela é uma das maiores causas de óbito no país, principalmente entre os homens, que são os mais afetados pelo câncer de boca. Segundo a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para 2020, 15.190 pacientes serão diagnosticados com a doença e destes 11.180 serão homens.

A Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal estimula ações educativas e preventivas, como campanhas e debates. Tudo para que as pessoas se conscientizem sobre essa doença e procurem métodos de prevenção. E é nesse último tópico que o dentista entra.

O dentista pode detectar alterações importantes

Certamente você chegou nesse texto querendo entender a relação de um dentista com o câncer de boca. Antes de mais nada, a resposta está na prevenção. Portanto, é no consultório odontológico que se pode ter o primeiro diagnóstico dessa doença.

Em primeiro lugar, o câncer em si já é uma doença silenciosa e quando se trata do tipo bucal, tem um agravante: os sintomas são muito parecidos com outros problemas mais simples, como uma afta. Portanto, para identificar corretamente os indícios de câncer de boca, é fundamental ir regularmente ao dentista. Com toda a certeza, esse profissional poderá reconhecer os sinais da doença numa simples consulta de rotina. E quanto antes o câncer for detectado, maiores são as chances de tratamento e recuperação.

Sintomas do Câncer Bucal

Primeiramente, o câncer de boca é uma doença silenciosa e seus sintomas são facilmente confundidos com problemas mais comuns, como uma simples afta. Então, é importante ficar atento aos indícios de alterações no seu corpo. Ou seja, se você notar algum dos sinais abaixo e ele persistir por mais de 15 dias, procure imediatamente um médico.

  • Feridas na cavidade oral que não cicatrizam (este é o sintoma mais comum).
  • Placas vermelhas ou esbranquiçadas.
  • Dor, sensibilidade ou dormência em qualquer área da boca, incluindo a língua.
  • Nódulos no pescoço.
  • Rouquidão persistente.
  • Inchaço na mandíbula, que pode até atrapalhar o uso de dentadura ou prótese.
  • Dificuldades para mastigar, engolir, falar ou movimentar a língua.
  • Sensação de que há algo entalado na garganta.

Fatores que aumentam o risco de câncer na boca

Ainda que a causa do câncer de boca não seja clara, há alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver a doença.

  • Tabagismo: pessoas que fazem uso de qualquer fumo, como cigarro, tabaco, narguilé, charutos e cachimbos, possuem maiores chances de desenvolver o câncer bucal.
  • Consumo excessivo de bebida alcoólica.
  • HPV: a infecção pelo vírus HPV pode causar câncer de boca.
  • Exposição ao sol sem proteção.
  • Idade: o risco de câncer bucal é maior em pessoas com mais de 40 anos.
  • Alimentação: os hábitos alimentares também influenciam no risco de desenvolver câncer bucal. Além disso, o excesso de gordura corporal é um agravante.
  • A exposição a algumas substâncias aumenta o risco de desenvolver a doença: formaldeído, sílica, solventes orgânicos e agrotóxicos, óleo de corte, poeira de madeira, de couro, de cimento e de cereais, amianto, fuligem de carvão e outras.

Possíveis tratamentos

Se na consulta com o dentista, durante o exame visual sobre os sinais que mencionamos neste texto surgir a suspeita de câncer bucal, o profissional poderá solicitar uma biópsia da região afetada.

Só para ilustrar, se o diagnóstico for positivo, será necessário realizar uma cirurgia para retirar o tumor. Normalmente, a remoção da área afetada já resolve. No entanto, em situações nas quais a cirurgia não é possível ou que trará sequelas funcionais, a radioterapia e a quimioterapia são indicadas.

Contudo, em casos mais complexos é necessária a realização de radioterapia após o processo cirúrgico, para complementar o tratamento e aumentar as chances de cura.

Afinal, como prevenir o câncer bucal?

Quem dera houvesse uma fórmula mágica para evitar o câncer bucal. Entretanto, há alguns hábitos que podemos mudar para diminuir o risco de desenvolver a doença.

Dicas de prevenção

  • Não fume: todos sabemos o quão nocivo é o tabagismo para a nossa vida, ainda mais se tratando de doenças bucais. Cerca de 80% dos fumantes são diagnosticados com câncer bucal e o risco aumenta conforme a quantidade de cigarros fumados. Quanto mais, maiores são as chances de desenvolver o câncer.
  • Limite o uso de bebida alcoólica: o álcool é um fator de risco importante para desenvolver o câncer bucal. Além disso, ele potencializa a ação do tabaco.
  • Tenha uma dieta saudável: uma alimentação pobre em verduras, frutas e legumes é prejudicial sobretudo para saúde em geral e aumenta a possibilidade de ganho de peso, que é um fator de risco.
  • Use preservativos durante o sexo oral também: essa atitude evita a transmissão de HPV.
  • Tenha cuidado com o sol: limite a exposição ao sol. Procure utilizar chapéu, protetor solar e labial.
  • Mantenha uma boa higiene bucal: é sempre importante cuidar da saúde bucal, pois ela reflete a saúde de todo organismo. Além disso, uma boca higienizada é uma boca livre de bactérias.

Visite seu dentista regularmente!

Por fim, faça o check-up odontológico regularmente. Em outras palavras, é fundamental ir ao dentista a cada 6 meses para ver como está a sua saúde bucal. Assim, ao notar qualquer alteração, é possível diagnosticar uma doença precocemente, aumentando suas chances de cura.

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